Parauapebas e sua preocupante realidade que estar vivendo nos dias atuais...
O sonho acabou....
O auge econômico ocorreu entre 2010 e 2013, quando o preço da cotação do minério de ferro (carro-chefe da Vale em Carajás) atingiu 115 dólares, fazendo os cofres da prefeitura municipal transbordar de recursos vindo dos royalties. A melhor fase da cidade em relação à questão de oferta de empregos estava posta. O Brasil olhava para a Parauapebas, assentada em uma cordilheira mineral, especialmente o ferro. Milhares de pessoas chegavam regadas por sonhos, de enriquecer .
A partir de 2013, a crise econômica mundial começava a aumentar e os integrantes do BRICS (Grupo formado pelos países emergentes que mais crescem no mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) começavam a sentir os impactos da retração econômica global. A China, por exemplo, maior compradora dos minérios que deixam Carajás, começou a reduzir o seu volume de importação.vida por essas bandas.
A partir de 2014 o cenário em Parauapebas começou a mudar. A Vale continuava a bater recordes de produção (medida para enfrentar a redução dos valores do minério de ferro e manter as taxas de lucro), mas os repasses constitucionais começavam a cair. Com o ajuste feito internamente pela mineradora, diversas terceirizadas começaram a serem desligadas do processo e com elas milhares de empregos foram sendo extintos.
Atualmente diversas manifestações vêm ocorrendo em Parauapebas por conta da falta de disponibilidade de vagas. Ruas fechadas, palavras de ordem e marchas estão sendo realizadas. O Sine (Sistema Nacional de Emprego) já foi alvo de ações desse tipo. O referido órgão não consegue dispor de oportunidades conforme a demanda exige. Todos os dias em seu entorno se formam filas gigantescas de pessoas das mais variadas faixas etárias, desempregadas, em busca de uma oportunidade, mesmo que não seja em sua área de formação ou atuação.
E o que os poderes públicos estão fazendo para mudar essa realidade? Quais ações, por exemplo, a prefeitura está promovendo para atenuar a crise econômica que a cidade vive? E a Câmara Municipal o que planejou ou está aprovando como lei para combater essa baixa na oferta de empregos?
Pelo visto, Parauapebas, continua não se preparando para a sua manutenção sem o minério. Completará 28 anos sem viabilizar qualquer outra forma econômica que possa, pelo menos, em parte, amenizar o possível fim desse finito recurso que irá acabar em um futuro não muito distante. E depois? O que virá? O que ficará?
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